quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O sol do meu dia


Um dia como outro qualquer.

Manhã clara, céu azul.

Café quentinho na mesa.

Mas o sol não brilha.


Os pássaros cantam,

As crianças brincam lá fora,

O vizinho acena com um sorriso,

Mas o sol não brilha.


O trânsito é tranqüilo.

As pessoas são cordiais.

No trabalho, tudo certo.

Mas o sol... ele não brilha.


E como poderia brilhar,

Se quando não te tenho

Ele se esconde de mim...

E meus olhos perdem a luz?


Abro portas e janelas,

Mas ele não me sorri.


Procuro por entre nuvens,

E não o encontro.


Pergunto por onde anda,

Mas ele não responde.


Nada parece ter cor.

Tudo é tão triste e sem sal.

Como um dia cinza de chuva

Ou solidão numa noite fria.


Como se um só fossem:

Você e ele.


A luz do meu despertar.

A alegria do meio-dia.

O calor que levo no peito noite adentro.


O meu verão.

A minha euforia.

O acontecimento do meu dia.


Tanto quanto anseio o calor do sol,

Assim desejo sentir outra vez,

de volta o teu bem querer.


Porque quando te tenho...


O meu dia começa perfeito.

Meus olhos se enchem de luz.

E eu sou toda sorrisos.


Os jardins são aquarelas.

Ouço música no meu coração

E o meu corpo dança por dentro.


Vejo um arco-íris em cada canto que olho.

Tudo tem um perfume tão agradável...

E o bom ânimo toma conta de mim.


Se me dizem que o dia tá feio,

Eu rio e não entendo nada.

Pra mim, ele é mais lindo que mil estrelas!


Se me falam sobre desânimo,

Eu olho pro alto, penso em você, suspiro,

E a vida pulsa com vontade dentro de mim.


Se me contam histórias de azar, escuro e solidão,

Eu digo que tenho meu sol, já tirei a sorte grande

E tudo vai dar certo.


E ao entardecer,

o horizonte parece me abraçar

Exatamente como você faz...

Só pra me lembrar uma vez mais,

Que o sol brilha pra mim quando eu tenho você,

E que a beleza que falta pra completar o meu dia,

Isso, só você me traz.



Jackeline Campos


Coisas que já aprendi com a vida




Aprendi que peito de mãe é o nosso melhor amigo

durante um bom tempo.

(1º dia de vida).


Aprendi que pra andar, a gente cai e levanta várias vezes,

desde muito cedo.

(1 ano)


Aprendi que quem chora muito, mama.

Mas se der birra, leva palmada.

(2 anos)


Aprendi que bichos de estimação

não são bichinhos de pelúcia.

(3 anos)


Aprendi que bolinhos de massinha de modelar

não são de verdade.

(4 anos)


Aprendi que parede de casa

não é quadro escolar.

(5 anos)


Aprendi que com força de vontade, eu posso mais do que imagino.

Até mesmo andar sem as rodinhas laterais da bicicleta.

(6 anos)


Aprendi que quando minha mãe fala...

acontece.

(7 anos)


Aprendi que meu pai pode dizer um monte de palavras

que eu não posso.

(8 anos)


Aprendi que quando meu quarto fica do meu jeito,

tenho que arrumá-lo.

(9 anos)


Aprendi que a professora sempre me pergunta

quando não sei a resposta.

(10 anos)


Aprendi que pipa no ar não tem dono,

nem mesmo se a minha for pink.

(11 anos)


Aprendi que nem todos que se dizem amigos

os são de verdade.

(12 anos)


Aprendi que minhas melhores amigas

são justamente as que me metem em confusão.

(13 anos)


Aprendi que os pais sempre sabem confortar

o coração dos filhos.

(14 anos)


Aprendi que ser adolescente

é complicado.

(15 anos)


Aprendi que eu sou mais bonitinha

do que imaginava poder ser.

(16 anos)


Aprendi que passar no vestibular pra medicina

não é fácil...

(17 anos)


Aprendi que temos várias opções...

mas a escolha certa dá sinal.

(18 anos)


Aprendi que vale a pena

acreditar no príncipe.

(19 anos)


Aprendi que tudo pode ser perfeito,

basta querer.

(20 anos)


Aprendi que ceder, respeitar limites

e fazer reflexões é essencial.

(21 anos)


Aprendi que o abraço de quem a gente ama

vale mais do que um baú de tesouros.

(22 anos)


Aprendi que ajuda vem

de onde menos se espera.

(23 anos)


Aprendi que sonhos, planejamento e ação

constroem o futuro que quero.

(24 anos)


E a cada dia, aprendo

que ainda tenho muito a aprender...



Jackeline Campos


[Completamente adaptado ;o) ]